quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sou Pai.

Àquelas que mantêm a teimosia de me seguir, ainda que esteja consecutivamente a faltar à minha palavra de que "desta-vez-é-que-é"... Mas vá lá, relevem.

Ser-se Pai a tempo inteiro de duas bolas de carne deliciosas como são os meus filhos, é tarefa absorvente. Intelectual e fisicamente absorvente!

Pois bem, nasceram a 18 de Abril. O Manuel e a Mafalda. Duas ternuras. As coisas mais desejadas da minha vida, como aliás, vocês sabem.
Podia tentar descrever a sensação sublime que tenho vivido. Mas as palavras são claramente insuficientes para descrever o sentimento incondicional que de nós se apodera. É como uma linha de cocaína, snifada directa para o coração.

Lembro-me tão bem...

Parecia que ia rebentar de... qualquer coisa que à altura não sabia descrever. Era amor. Amor do puro, do sincero, do irracional, do incondicional. Um disparo louco de adrenalina quando vi as enfermeiras com duas mantas eximiamente enroladas. Sorriso estúpido, parvo, babado. Como se tudo à volta fosse merda. E é. Tudo o resto vale zero. Nada.

E é neste desvario que tenho vivido estes quase quatro meses de paternidade. Assim. Louco, inconsequente e dedicado.

Foda-se, é tão melhor do que eu tinha imaginado.